Investigação aponta inconsistências nas alegações da suspeita, que afirma ter agido para se proteger
Uma mulher de 29 anos foi presa preventivamente em Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, suspeita de matar o ex-companheiro a facadas.
O crime ocorreu em junho deste ano na cidade de Igrejinha, na região dos Vales. A vítima foi identificada como Micael Douglas, de 28 anos.
Segundo a Polícia Civil, a mulher, identificada como Nicole Machado, afirmou em depoimento ter agido em legítima defesa após uma briga com o ex. No entanto, o delegado responsável pelo caso, Fábio Idalgo Peres, afirmou que os elementos reunidos na investigação contradizem essa versão.
Laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) indicaram que Micael foi atingido por diversos golpes de faca no tórax, o que, de acordo com os investigadores, não condiz com uma reação defensiva.
A defesa da mulher informou que está analisando os documentos que embasaram a decisão judicial que determinou a prisão preventiva.
Relembre o caso
No dia 10 de junho, Nicole compareceu à delegacia acompanhada de um advogado e relatou que havia passado o dia com Micael. À noite, ela teria ido até a residência dele, onde ocorreu uma discussão.
Segundo sua versão, o conflito começou quando o homem teria mexido em seu celular e ameaçado divulgar imagens íntimas. Ela relatou ter sido agredida e ameaçada de morte.
"Ele começou a me enforcar e, para me defender, peguei uma faca que estava debaixo do travesseiro", declarou.
Mesmo após confessar o ato, Nicole respondia em liberdade até a recente decisão judicial que determinou sua prisão. Após o crime, ela divulgou um vídeo nas redes sociais reforçando a alegação de legítima defesa.
Familiares de Micael, no entanto, rejeitam a versão apresentada por ela. Eles realizaram manifestações em Igrejinha pedindo celeridade e justiça no caso.
O sepultamento da vítima ocorreu no dia 11 de junho, no Cemitério Municipal de Taquara.
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