Foto: Polícia civil
Polícia apura movimentações fraudulentas e estima que prejuízo total pode ultrapassar R$ 2 milhões; operação resultou em apreensão de bens e prisão.
Uma mulher de 52 anos está sendo investigada por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos que teria causado um prejuízo de pelo menos R$ 1,3 milhão à empresa onde atuava, em Paranapoema, no noroeste do Paraná.
Segundo a Polícia Civil, parte desse valor teria sido transferido para a conta bancária de uma empresa de propriedade do marido da investigada.
As autoridades identificaram a emissão de notas fiscais falsas em nome de fornecedores, sem que os serviços tivessem sido realizados ou os produtos entregues.
Além disso, outras transferências suspeitas foram detectadas, elevando o montante desviado para cerca de R$ 2,3 milhões.
Nesta sexta-feira (11), agentes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão na residência da suspeita, localizada em Itaguajé, município próximo.
Também foram bloqueados bens e apreendidos veículos adquiridos no período em que os desvios teriam ocorrido: três carros e uma motocicleta de alta cilindrada.
Durante a operação, um revólver e munições foram encontrados na residência. O marido da investigada, de 51 anos, foi detido por posse ilegal de arma de fogo.
A ação integra a Operação Fortuna, que visa combater crimes patrimoniais, estelionatos e lavagem de dinheiro.
Investigação aponta como o esquema funcionava
Segundo o delegado Juliano de Jesus Tamos, a mulher ocupava o cargo de responsável pelas áreas administrativa e financeira de uma empresa do setor madeireiro, especializada na fabricação de paletes e artigos de madeira. Suas funções incluíam a realização de compras e emissão de notas fiscais.
A investigação teve início após uma auditoria interna revelar indícios de irregularidades. Conforme apurado, a funcionária emitia notas com valores inflacionados, além de descrever serviços fictícios e produtos inexistentes.
Entre os principais beneficiados pelos repasses indevidos está a oficina de autoelétrica do marido da investigada. Outras despesas identificadas incluem compras de ração e produtos veterinários, serviços em clínicas, gastos com supermercados e abastecimento de veículos.
A Polícia Civil investiga se a suspeita mantinha algum tipo de ligação com os demais fornecedores para os quais os valores foram repassados.
Estima-se que cerca de R$ 1,3 milhão tenham sido desviados para a empresa do marido, enquanto o restante, aproximadamente R$ 1 milhão, teria sido direcionado a outras pessoas ou empresas envolvidas.
A suspeita é de que o esquema tenha ocorrido ao longo de aproximadamente cinco anos. A polícia segue com as apurações para identificar outros possíveis participantes na fraude.
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